quinta-feira, 28 de maio de 2009

Amigas de longa data

Logo que comecei a escrever este blog, em novembro do ano passado, recebi um e-mail da minha amiga Márcia Andréa. Gostei tanto do que ela escreveu que resolvi publicar aqui. Tantas coisas aconteceram que acabei esquecendo e ficou apenas na intenção... Publico o e-mail dela abaixo. E, registro também uma foto atual, ao lado da Adriana (ao centro), outra amiga muito especial. No primário..... ops... ensino fundamental, éramos conhecidas como as "Três Marias".



De: "Márcia Andréa"
Para: "Juliana Parlato"
Cc:
Data: Sat, 29 Nov 2008 00:14:46 -0200
Assunto: RES: o blog da ju

Oi Jú,

Tudo bem?
Que coisa linda o seu blog.
Adorei a introdução sobre a viagem à Itália, adorei a fotos do seus pais e o texto sobre ele. Me deu um aperto no coração, pois lembrei exatamente de nós duas naquela idade e de como o tempo não pára. Corre, corre, escorre pelas nossas mãos. O bom é que podemos lembrar com certo saudosismo o que passou, ótimos tempos de uma infância bem vivida em todos os sentidos. Fico feliz de lembrar que eu ali naquela foto já fazia parte da sua vida e fico ainda mais feliz de que hoje, passados 27 anos,você ainda faz parte da minha vida ... e fará para sempre!

Te adoro minha amiga!
Sorte no seu lindo blog!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Música boa para ouvir

Conviver com pessoas que tocam instrumentos é muito bom. Mas, também cria uma certa expectativa de que você tem que seguir pelo mesmo caminho. Minha mãe tocava piano desde jovem e trouxe o gosto pela música para os filhos.

Em casa havia um piano e um dos irmãos, o do meio, tocava desde pequeno. Ele tinha até participado de algumas apresentações, com louvor, como se dizia na época. O outro irmão, o mais velho, não era chegado em piano, mas tocava bateria. Depois, foi aprender a ler partituras e tudo o mais. E, os dois tocavam violão.

Como filha caçula, via toda aquela movimentação e também queria tocar alguma coisa. Aos 7 fui aprender piano com uma professora que morava no bairro, a Tânia. Ela era bem intencionada, mas não levava jeito para ensinar. Ou talvez, não tivesse jeito com crianças. Ou talvez, não tenha rolado empatia. O fato é que o negócio não progredia. Eu tocava direitinho todas as músicas da partitura mas, quando chegava na clave de Fá... Era um martírio! Como é que aquelas notas tinham ido parar uma oitava acima?

Seria tudo tão mais simples se as notas continuassem na mesma linha, na mesma clave de Sol. Então, a professora tentava me explicar usando a lógica matemática, mas era muito pior. Detestava matemática e entendia menos ainda. Então, íamos para os exercícios de solfejo - técnica em que cantamos os intervalos musicais de acordo com a partitura.

Agora, me diz uma coisa: como é que uma criança de 7 anos vai entender aquilo? Detestava fazer solfejo. Me sentia uma boba cantando as notas e balançando as mãos. Para fugir dos exercícios, escondia o livro de solfejo dentro do vaso de plantas em frente à casa da professora. Com o tempo, falei para mamãe que não queria mais ir às aulas.

Depois, aos 14, lá fui eu de novo tentar aprender piano, ainda mais influenciada pelos irmãos, que ensaiavam com uma banda no quintal de casa. Hamilton, o professor, tocava vários instrumentos e dava aulas para alguns músicos. Ele não me forçava a fazer exercícios de solfejo, mas usava um cronômetro e eu tinha que tocar a música no tempo certo. Mais uma vez empaquei na clave de Fá.

Emerson, outro aluno do professor, fazia aula no horário seguinte mas, chegava mais cedo e ficava assistindo minha aula. Ele tocava violão e guitarra super bem e eu queria me enfiar nas teclas brancas e pretas do piano. Nem preciso contar o resto, não é?

Desisti de aprender o instrumento e resolvi ser apenas ouvinte, espectadora e apreciadora de uma boa música. Os irmãos tocam apenas de vez em quando e, para minha mãe tocar algo no piano, precisamos suplicar. E, sempre que posso, vou aos shows do Funk Como Le Gusta para escutar o Emerson tocando.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

A metade da laranja

Neste domingo, o Parque do Ibirapuera foi palco de uma manifestação, no mínimo, curiosa: a passeata dos Sem Namorado (!). Não fui ao evento, mas li algumas matérias e cheguei à seguinte conclusão: os homens brasileiros, disponíveis e com H MAIÚSCULO, realmente, estão em extinção.

É praticamente inacreditável que garotas/mulheres tão bonitas quanto as que saíram nas fotos para ilustrar as matérias estejam sozinhas, ou melhor, sem namorados, há um, dois, três anos... Tinha até mesmo uma garota de 23 anos que, pasmem, nunca namorou (!).

Sinceramente, fiquei de boca aberta e convencida de que, como eu, muitas mulheres estão à procura da tampa da panela, da metade da laranja, ou o que o valha. Ao mesmo tempo, parece que isso, essa ausência de relacionamentos duráveis e bons, é um momento bem brasileiro. Duvido que na Itália, ou na Espanha, garotas tão bonitas – estou me incluindo - ficassem tanto tempo sem encontrar alguém legal para chamar de seu.

Apenas para ilustrar este ponto de vista, conto um pequeno fato: passeando pelas (lindas!) ruas de Florença entrei em uma loja e, ao me ver entrando, o gerente – talvez fosse o dono, exclamou: “Sei brasiliana!” (É brasileira!). Sim, respondi. Papo vai, papo vem, em questão de menos de meia hora ele me chamou para sair!

Nem sei por que não aceitei o convite do bello ragazzo. Davide era lindo, simpaticíssimo e ainda me ofereceu desconto em uma jaqueta de couro super bonita. Mas, fiquei com o pé atrás... Ouvimos tantas histórias escabrosas, de homens que matam mulheres e jogam seus corpos em latões de lixo, que fiquei receosa de aceitar o convite. Tudo bem, tudo bem.... Foi uma burrice, mas ele me pegou de surpresa.

Mas, o que quero colocar aqui é a seguinte questão: quando, aqui no Brasil, um vendedor/gerente/dono de loja vai convidar uma garota que nem conhece para sair em menos de 30 minutos???? Recebe um doce quem acertar. A probabilidade de isso acontecer é bem próxima ao zeeeeeeeeeeeeeeeeeeero.

Ou seja, os homens brasileiros estão marcando toca, dando bobeira. Onde está a tão famosa virilidade dos brasileiros? Acho que a maioria resolveu sair do armário ao mesmo tempo e não sobrou nenhum para contar história.

Enquanto isso, aproveito a companhia do meu cachorro Frederico, que é um amor, me entende e não troca o canal da televisão a toda hora.

terça-feira, 19 de maio de 2009

A arte de ser jornalista

Ao conversar com algumas amigas sobre estágio na área de jornalismo, lembrei do meu primeiro emprego na área. Quando iniciei na profissão, não existiam estágios, pois uma lei de 1978 proibia que estudantes de jornalismo fossem contratados como estagiários. A lei foi proposta por jornalistas atuantes que lutavam para proibir que alunos fossem contratados e tomassem seus lugares nas redações.

Então, por muitos e muitos anos, o cargo de estagiário foi extinto do organograma das empresas jornalísticas mas, por baixo dos panos, é claro que a função existia. Além disso, existiam – ou melhor, ainda existem, os programas de focas (jornalista em início de carreira) do grupo Estado de São Paulo, conhecido como Curso Intensivo de Jornalismo Aplicado e os cursos de trainee da Folha de São Paulo. Participar desses cursos era passaporte certo para ingressar no jornalismo. Por duas vezes participei de processos seletivos para ingressar no curso do Estadão, mas não consegui chegar à final.

As possíveis oportunidades para atuar na área eram camufladas sob o nome de estágio de comunicação e as poucas vagas anunciadas no mural da faculdade eram disputadas à tapa. Um belo dia, andando pelos corredores da PUC, vi o anúncio de vagas para estagiários para uma revista de música. Era final de ano e a faculdade estava praticamente vazia, mas como disse, as vagas eram disputadíssimas. O anúncio era claro e pedia “duas estagiárias que fossem amigas”.... Imediatamente liguei para Inaê, minha “super amiga” da época de faculdade, e contei para ela a novidade. Ela era fissurada em música, ia a todos os shows que se podia imaginar e sabia a letra de todas as músicas que estavam em voga na época.

Meus irmãos haviam tocado em uma banda de rock que ficou conhecida nos anos 80 e, por isso mesmo, tinha um certo conhecimento musical. Eles ensaiavam para os shows na edícula de casa e tinham muitos (muitos mesmo!) discos de vinil. Ter irmãos mais velhos que tocavam em uma banda de rock fez com que eu me interessasse pelo efervescente cenário do rock nacional e tivesse a oportunidade, ainda muito jovem, de ir a shows em casas como o extinto Projeto SP e o Circo Voador, no Rio de Janeiro. Fora que meu pai também adorava música - de boa qualidade e de vários gêneros, desde música clássica, jazz, francesa, italiana e bossa nova, até MPB; e minha mãe tocava piano. Aliás, eu já havia tentado por duas vezes aprender o instrumento, mas isso é assunto para outro post....

Achávamos que o anúncio era para alguma revista de rock pesado, como a Rock Brigade. Até fiquei um pouco preocupada, pois esse tipo de som não é minha praia e não saberia o que dizer na entrevista, caso me perguntassem sobre alguma dessas bandas.

Mas, a revista em questão era a BIZZ, da editora Azul – Grupo Abril, considerada a bíblia da música, ou melhor, do pop rock, por inúmeros jovens desde 1985. Otávio Rodrigues, editor da revista (atualmente, ele faz parte do conselho editorial da Rolling Stones Brasil) conversou com as duas aspirantes a jornalistas, fez as perguntas de praxe e explicou que queria que fossem duas garotas, pois a redação era cheia de homens (!). Até hoje me lembro disso e solto boas gargalhadas.

Na antevéspera do Natal, ele me ligou e disse que a vaga era nossa. Dei pulos de felicidade (!!). Com certeza, foi o presente de Natal mais bem-vindo da minha vida. O namorado, lógico, ficou muito bravo, pois o estágio iria começar já no dia 2 de janeiro, colocando ladeira abaixo os planos de qualquer viagem de fim de ano. Como não era boba, nem nada, nem dei ouvidos à reclamação do rapaz.

Trabalhar na revista BIZZ foi uma das experiências mais gratificantes que tive como jornalista. Foram oito meses que, com certeza, valeram pelo dobro. Estava em começo de carreira e não tinha nem idéia do que significava trabalhar ao lado de nomes como Otávio Rodrigues, Celso Pucci, Sérgio Martins, entre outros. Estava ao lado de bibliotecas ambulantes da música, mas era muito jovem e, relativamente, tímida para bater um papo de igual para igual com “aquelas” figuras.

Lógico que começamos a organizar e responder às correspondências dos leitores... Eram caixas e caixas de cartas escritas por fãs alucinados pelas bandas e pela revista. Esse trabalho me rendeu uma tendinite e a exata noção do destino dado às cartas nas redações e, por que não dizer, nas empresas de um modo geral.

Com o tempo, nossos colegas de redação viram que não estávamos para brincadeira e foram passando trabalhos, digamos, mais sérios. Um dia, Otávio Rodrigues me escalou para cobrir o show do Sting (!). Lá fui eu com gravador e bloco de anotações debaixo do braço fazer minha primeira cobertura jornalística. Modéstia à parte, o texto ficou bom e rendeu um elogio do editor que disse: “Você tem jeito para a coisa. O texto só precisa ser arredondado.”

Isso tudo aconteceu em 1994 e muita água passou embaixo dessa ponte, muitos textos foram escritos e muita história ficou para ser contada. Aos poucos, vou colocando no papel. Ou melhor, neste espaço virtual. Mas, fico feliz que, atualmente, o estágio para jornalista seja legalizado. É uma forma de tornar mais fácil a vida de meus colegas no início da profissão. A foto no início da matéria faz homenagem ao Nirvana. No período em que trabalhei na revista, uma das edições foi dedicada especialmente à banda, devido à morte Kurt Cobain.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Shaheen Jafargholi emociona no "Britain's Got Talent"

Muito se falou de Susan Boyle, uma senhora de 47 anos, desempregada e sem atrativos, que deixou todos boquiabertos na versão inglesa do "America’s Got Talent”. No entanto, um garoto de 12 anos, Shaheen Jafargholi, também arrancou aplausos da platéia do programa e ganhou inúmeros acessos no Youtube ao interpretar "Who's Loving You", de Michael Jackson.
Ele começou sua apresentação cantando "Valerie", de Amy Winehouse, mas foi interrompido por Simon Cowell, jurado e criador do programa, pois estava totalmente fora do tom. Então, ele obteve uma segunda chance e sua apresentação foi extraordinária!
Esta é a terceira temporada do reality show e traz a mesma velha fórmula dos programas de auditório, com a diferença que as emoções dos participantes são filmadas e editadas de uma maneira que arranque várias lágrimas do telespectador.
O formato lembra um pouco "American Idol", mas é mais sério e os participantes não têm que ter, necessariamente, o perfil de jovem e bonito. No "American's Got Talent" e, consequentemente na versão inglesa, o que vale é, acima de tudo, ter uma bela voz.

Abaixo o vídeo com a apresentação do garoto Shaheen Jafargholi:

Afeganistão, Guantánamo e o governo americano

A notícia de que Barack Obama que proibir a divulgação de fotos que mostram militares americanos maltratando prisioneiros no Iraque e Afeganistão pode ter repercussão negativa à imagem do atual presidente dos EUA, que inúmeras vezes prometeu transparência em relação ao assunto. A proibição das fotos aconteceu pois o governo americano teme que as imagens possam desencadear uma reação hostil às tropas dos EUA.
No entanto, para a Aclu (União Americana pelas Liberdades Civis) a decisão de divulgar as fotos é crucial para ajudar o público a compreender a amplitude e escala dos abusos cometidos contra prisioneiros e também para responsabilizar altos funcionários por autorizarem ou permitirem tais abusos. A alegação para a proibição é que a divulgação colocaria em perigo militares americanos no exterior e que a privacidade dos prisioneiros seria violada.
Esta notícia me fez lembrar do filme “Caminho para Guantánamo” (2006), do diretor Michael Winterbottom. O filme conta a história real de quatro rapazes paquistaneses nascidos no Reino Unido que, devido a um enorme erro do governo americano, vão parar na prisão de Guantánamo e lá sofrem os mais diversos tipos de tortura para que se confessassem terroristas.
No entanto, eles não eram terroristas. A história começa em 10 de setembro de 2001, em Londres, com a mãe de Asif Iqbal, um jovem de 19 anos, anunciando que encontrou uma noiva para ele no Paquistão. Alguns dias depois, Asif chama mais outros três amigos – Ruhel, Shafiq e Monir – para viajarem com ele a fim de conhecerem sua noiva e participarem da festa de casamento.
Como todo jovem, eles aventuram-se em passeios turísticos e vão até a cidade de Karachi. Ao entrarem em uma mesquita para rezar, ouvem do líder local que o Afeganistão precisa de voluntários. De lá, eles vão Kandahar, mas logo a cidade é bombardeada pelos americanos, em represália aos atentados terroristas de 11 de setembro.
Eles tentam retornar ao Paquistão, mas Monir desaparece e os demais são capturados pelas forças aliadas. Assim, eles passam por uma série de torturas, pois ninguém acredita que eles são turistas europeus. Em janeiro do ano seguinte, eles são enviados para Guantánamo, em Cuba, e durante dois anos e meio tentam convencer os guardas sobre suas verdadeiras identidades.
O filme tem tratamento de documentário, com câmeras tremidas e os personagens falando para o telespectador e, por isso mesmo, dá um tom de forte realismo à história. Críticas à parte sobre o sensacionalismo em cima de acontecimentos tão cruéis, o filme é ótimo no sentido de levar ao grande público o conhecimento dessas bases militares que os americanos mantêm em Cuba – o atual governo de Obama determinou o fechamento da base militar, mas sua desativação deve acontecer somente no ano que vem.
Voltando ao assunto do início da matéria, acredito que essas fotos têm, sim, que ser divulgadas. Da mesma maneira como esses quatro amigos inocentes retratados no filme foram pegos e torturados, centenas de outros também devem ter passado por esta mesma situação. Portanto, os cidadãos têm o direito de saber o que acontece nos porões do governo e de serem informados sobre o rumo dos acontecimentos. Afinal, se o governo americano quer virar essa triste página, que seja de maneira transparente.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Memórias: é possível apagar determinadas lembranças?

Você assistiu ao filme "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças"? Muito interessante, o filme conta a história de um casal que se separa e, após um certo tempo, Clementine, interpretada por Kate Winslet, resolve apagar de sua memória o relacionamento que teve com Joel, Jim Carrey. Ao saber disso, ele entra em depressão e resolve se submeter ao mesmo procedimento. Porém ele acaba desistindo de tentar esquecê-la e começa a encaixar Clementine em momentos de sua memória os quais ela não participa.
Roteiro ao mesmo tempo bem organizado e desestruturado, o filme de 2004, aliás um dos melhores filmes deste ano, traz à tona a questão da memória e dos traumas, como é difícil superar a dor de um rompimento e como a memória é o cerne de nossa vida. Afinal, nossa vida é feita de momentos e a lembrança é uma forma de reviver esses momentos. Sem essas lembranças, podemos até não saber quem somos.
Mas, o filme foi além e trouxe um assunto que somente agora pode ser medido e mensurado em laboratório. O neurocientista Andre Fenton, da Universidade Estadual de Nova York, fez uma descoberta muito importante: uma proteína chamada PKMzeta -a mesma que cria a eletricidade e reforça as conexões entre os neurônios, é a mesma responsável pelo armazenamento das nossas lembranças.
Segundo o cientista, quando decidimos reviver determinada situação, acionamos essa proteína que faz com que os neurônios se tornem eletricamente ativos outra vez. E, assim, revivemos determinada experiência. Como isto em mente, ele descobriu que é possível apagar a memória.
O experimento foi feito com camundongos e os cientistas afirmam que o resultado em seres humanos seria muito parecido. Os ratos foram colocados em uma espécie de carrossel e, a cada vez que passavam por uma determinada área, tomavam um pequeno choque. Com a repetição do procedimento, eles guardavam a informação e raramente voltavam àquele lugar. No entanto, os ratos que receberam injeções da substância na parte do cérebro responsável pela memória, iam para a zona de perigo como se nunca tivessem estado ali.
Obviamente, o filme trata o tema de maneira exagerada. Mas, pelo andar da carruagem, com o avanço destes estudos na área de neurociência, será possível auxiliar pessoas a se livrarem de vícios e maus-hábitos e, até mesmo, ajudar no tratamento do mal de Alzheimer. E, também, naquele esquecimento típico da idade, ou melhor, da passagem do tempo (...).

Chai - bebida indiana feita com especiarias

Mesmo gostando muito de praticar yôga, tem dias que bate aquele cansaço, sono e vontade de faltar na aula. Geralmente, esses sintomas acontecem nas aulas de segunda, reflexo da mudança na rotina causada pelo fim de semana.

Nessas horas, nada como tomar uma xícara de chaí, chá típico indiano feito com especiarias, cujos ingredientes são: gengibre, leite em pó, água, chá preto, canela, açúcar, cardamomo. Um pouquinho deste chá e o ânimo volta na hora!

Se quiser fazer, aí vai a receitinha:
1 xícara de água
1 xícara de leite
1 pedaço de canela em casca
3 cravos
1 colher de chá de gengibre ralado
4 bagas de cardamomo
3 bolinhas esmagadas de pimenta do reino
Chá preto a gosto
Açúcar a gosto

1. Aqueça em fogo baixo a água com todos os ingredientes, exceto o açúcar, o leite e o chá preto
2. Quando estiver próximo da fervura, desligue o fogo e adicione o chá preto
3. Deixe descansar por 10 minutos com o recipiente fechado
4. Coe e coloque em outro recipiente de maior capacidade
5. Adicione o leite e aqueça, mas sem deixar ferver
6. Adoce a gosto e sirva quente.

Se não quiser arriscar fazer em casa, visite qualquer unidade da Uni-Yôga. Sempre tem um chaí quentinho, ambiente acolhedor e pessoas muito legais para te recepcionar.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Um pequeno grande homem

Um rapaz de apenas 1.50m de altura cruza as fronteiras deste imenso País em cima de uma bicicleta para conhecer um famoso comunicador, uma pessoa que ele admira desde criança. Assim recomeça a história da vida de Mário, um rapaz nordestino, de pouca estatura, mas muita garra e vontade de mudar seu destino.

Ele diz que veio a São Paulo de bicicleta para conhecer Silvio Santos e que este foi o seu motivo maior. Mas, se analisarmos muito bem essa história, sabemos que uma pessoa que tem admiração por alguém que conhece apenas pela televisão, uma admiração que o faz pegar uma bicicleta e andar mais de 2 mil quilômetros para ir a uma cidade que ele nunca pisou e passar por situações que poderiam tê-lo colocado em perigo, tem uma grande força interior, força capaz de mudar sua própria história.

História de um rapaz que morava em uma pequena cidade de Sergipe. Rapaz de origens simples, que trabalhava aos finais de semana em uma feira e que conseguia R$ 50 para passar os próximos sete dias. Rapaz que com 21 anos de idade ainda não sabia o que era cinema ou teatro. Mas que sabia, sempre soube, o que quer de sua vida: ir para São Paulo, conhecer Silvio Santos, ser jornalista e alcançar o seu lugar ao sol.

Quem dera todos os “Mários” do Nordeste fossem como ele, tão tenazes, tão fortes e tão doces em sua simplicidade. Quem dera todos os “Mários” do Brasil fossem tão perspicazes e dessem voz às suas vontades, colocassem em prática os seus sonhos e não ficassem nos faróis pedindo dinheiro a quem nem sequer se dá ao trabalho de abrir a janela de seus carros.

Mário agora está fazendo cursinho para entrar no vestibular e estudar aquilo que ele acredita que vai mudar ainda mais sua vida. Mário lê anúncios de jornal e planeja comprar sua “casinha” perto da emissora de TV que ele tanto admira e gosta. Mário acredita que a vida pode ser boa e acredita que quem faz a história somos nós mesmos, e não o governo ou a sorte.

É claro que ele obteve a simpatia do “patrão” que lhe ajudou e lhe deu emprego. Mas, ele só conseguiu isso porque é batalhador e muito sincero. E cativa a todos quando abre um grande sorriso.

Mário veio para São Paulo para conhecer alguém que admirava muito e, no meio do caminho, ganhou vários admiradores, entre eles, eu. Muita sorte e que sua estrela brilhe cada vez mais!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

X-Man Origens: Wolverine

Não sou muito fã daqueles filmes de ação em que o herói fica pendurado em um helicóptero enquanto foge dos vilões assassinos e bandidos. Assisto em casa, ao acaso, mas não costumo pagar para assistir no cinema. No entanto, semana passada ganhei um ingresso para a pré-estréia do filme "X-Man" e lá fui eu, assistir ao filme munida do pacote de pipocas e copo de coca-cola imenso que a produção entrega para todos os convidados.

Qual não foi minha surpresa já na primeira cena, em que Logan (Hugh Jackman) ainda criança descobre seus poderes ao lado de seu meio-irmão, Victor Creed, o temido Dente de Sabre interpretado por Liev Schreiber. Sequência muito bem feita e com efeitos de passagem de tempo e de cena interessantes. A partir daí entendemos a relação de amor e ódio entre os dois irmãos da história.

Um dos filmes de ação mais aguardados do ano, "X-Man Origens' foi o mais visto no último final de semana nos cinemas brasileiros. Pode-e dizer que o fenômeno deve-se ao marketing do vazamento do filme na internet antes do mesmo entrar em grande circuito, da mesma maneira que "Tropa de Elite" foi um produto alavancado pela pirataria pré-estréia.

O longa mostra aos fãs da série o passado de X-Man, o porque do nome Wolverine e a experiência arriscadíssima de receber em seus ossos o adamantium. E, obviamente, tem a tal cena de fuga com o herói/vilão em um helicóptero.... Cena, aliás, exageradíssima, mas muito bem feita.

Nascido no Canadá do século 19, o personagem tem estranhos poderes, vive um enorme conflito emocional e uma relação muito turbulenta com seu meio-irmão, que também é mutante, tem garras afiadas, muita agilidade, mas é mais voltado para, digamos, "o lado negro da força". Uma tragédia sofrida por Kayla (Lynn Colins), sua esposa, faz Logan aceitar ter o corpo todo revestido pelo adamantium e tornar-se indestrutível.

Hugh Jackman, ótimo ator e muito convincente no papel de um mutante que quer viver como um ser humano comum, dá vida mais uma vez ao personagem mais conhecido da sua carreira. Ao lado de Liev Schreiber forma uma boa dupla quando o assunto é cena de ação.

O ator, aliás, mostrou-se muito simpático durante sua visita ao Brasil para divulgar o filme. Como ele mesmo disse, "o Logan é muito mais durão que eu...". Mas, cá entre nós, o Hugh é muito mais carismático, além de bonitão.