segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Deserto criativo



Não são apenas escritores profissionais que passam por desertos de criatividade. Escritores amadores, como eu, também sofrem desse problema. Tempos que não escrevo no blog. Para não dizer que estou há um ano sem escrever aqui, publiquei um texto contando minha indignação com o excesso de reportagens e matérias sobre violência, acidentes, assaltos, entre outros, há alguns meses. Mas, até a indignação se cansa....

Estou em uma fase em que meu inconsciente quer me dar algum recado. Geralmente, lembro dos meus sonhos, mas nunca como nesses últimos tempos, em que acordo e lembro de sonhos inteiros. Como se fossem roteiros de algum filme, os sonhos têm desdobramentos, vários personagens e detalhes. Parece que eu dou zoom no sonho (!) e percebo os objetos do sonho  em minúcias. 

Ao mesmo tempo, toda essa efervescência do inconsciente me deixa imobilizada. Olho para a tela do computador e me sinto incapaz de colocar para fora o que vem à tona durante a noite. Como se esse espaço fosse muito pequeno para a história sonhada.

O mais engraçado é que, além dos sonhos básicos - em que aparecem parentes, amigos e conhecidos em situações corriqueiras -,  tenho tido sonhos simbólicos. Deixe-me explicar: em um sonho estava em um  galpão, com roupa de chuva e galochas. Nesse local, eu me via de frente tirando filhotinhos  de gatos de dentro de uma poça grande d'água. Eram vários filhotes, e toda vez que tirava um, aparecia outro precisando de ajuda. Pela situação, o sonho era muito  estranho e também parecia que era uma história contada em um gibi. Acordei rindo (!). Coisa mais doida.

Outro sonho recente foi bem mais estranho. A atmosfera era densa e escura, como em filmes de terror, e eu estava ajudando pessoas em um acidente. Não via o acidente, mas sabia que havia acontecido um acidente de carro muito feio e as pessoas envolvidas estavam muito feridas. Em outro sonho, também dessa linha de terror, estava perseguindo um monstro (!). Esse  me deu a impressão de que estava tendo uma projeção astral ou algo do tipo. O mais interessante de tudo, é que não fico com medo nesses sonhos-terror. Fico bem. É como se eu mandasse uma mensagem para mim mesma de que é um sonho e que tudo vai acabar bem.

E, o mais engraçado dessa safra foi o sonho em que encontrei US$ 1 milhão!!! Achei essa fortuna dentro de uma mala no meio da rua. Guardei a mala de dinheiro dentro de casa, no armário, mas não tinha coragem de gastá-lo, pois achava que era roubado. Esse foi um daqueles sonhos longos, cheios de reviravoltas, mas, como não anotei nada, já esqueci dos detalhes.

Por quê não lembro de colocar uma caneta e um bloco de anotações ao lado da minha cama antes de dormir? A única mania de anotação que tenho são os post its com meus compromissos grudados em vários lugares, desde a mesa de trabalho, até a carteira e o celular. Se tivesse ampliado essa mania para os blocos de anotações de sonhos, já teria várias crônicas para publicar no blog.  Vamos ver se adoto essa outra mania...