quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Método DeRose: muito mais que Yôga





Neste sábado, dia 24, participei da prática ministrada pelos professores Rogério Brant e Rosângela de Castro durante o evento DeRose Culture. Durante três horas vivenciei o Swásthya Yôga junto com instrutores e alunos de outras escolas e não escondo minha surpresa ao perceber que consegui realizar todos os ásanas e pranayamas sem ficar cansada. Muito pelo contrário, sai da prática renovada e muito disposta. E, pude comprovar que a presença de instrutores de outras escolas e alunos mais adiantados motiva e faz com que os iniciantes, como eu, se esforcem mais para sair da zona de conforto.
Além de reunir alunos e instrutores de diversas escolas, o evento teve o intuito de divulgar a cultura e a filosofia do Método DeRose, que é muito mais do que Yôga. Este Método utiliza ensinamentos de uma cultura milenar surgida na Índia há mais de 5 mil anos e, por meio de técnicas e conceitos, direciona uma pessoa comum ao estado de consciência expandida. A proposta é esculpir o ser humano de forma unilateral para que ele utilize o acréscimo de consciência, lucidez, sáude e disposição proporcionada pelo Método de forma construtiva e interventiva na sociedade e em sua própria vida.
O Método DeRose é uma cultura com ênfase em boa qualidade de vida, boas maneiras, boas relações humanas, boa cultura, boa alimentação e boa forma. Algumas das ferramentas utilizadas são: a reeducação respiratória, a administração do stress, as técnicas orgânicas (ásanas) que melhoram o tônus muscular e a flexibilidade, levando ao aprimoramento da descontração emocional e da concentração mental.
No Brasil e no mundo são mais de 200 escolas filiadas e mais de 50 mil praticantes. As escolas do Método está presentes em países como: Portugal, Espanha, França, Inglaterra, Alemanha, Itália, Estados Unidos, Argentina e Chile.
Mais informações, acesse o site: http://www.metododerose.org/.

DeRose Culture


Neste fim de semana (23,24 e 25) aconteceu aqui em São Paulo o DeRose Culture, um evento que também tem edições nas cidades de Porto (Portugal) e Nova York (Estados Unidos) e que reuniu profissionais e praticantes do Método DeRose de todo país e também de outros países.
Com o objetivo de divulgar a cultura e a filosofia do Método, além de promover a integração entre todos os participantes (instrutores, alunos das unidades como de academias, empresas e clubes filiados), o evento contou com a participação do fundador do Método, DeRose; os professores Rogérios Brant e Rosângela de Castro, além de Presidentes das Federações de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Distrito Federal, entre outros.
O DeRose Culture começou na sexta-feira, 23, com uma aula gratuita aberta ao público na praça do Porquinho, no Parque Ibirapuera e seguiu durante o sábado e o domingo no Hotel Ibis da Barra Funda. No sábado, 24, instrutores e alunos tiveram a oportunidade de participar de uma prática de três horas que foi ministrada pelos professores Rogério e Rosângela. No dia 25, domingo, a prática foi ministrada por oito Presidentes de Federações.
Além das práticas, o evento contou ainda com o lançamento dos livros: "Histórico e Trajetória", do mestre DeRose; "A Ancestral Arte da Poesia", de Fábio Euksuzian; "O Poder do Mantra", de autoria de Ricardo Melo e Caio Melo; e "Gourmet Vegetariano", da instrutora Rosângela de Castro. A festa de lançamento dos livros aconteceu no Espaço Cultura Vila Mariana e contou com coreografias características do Método e DJs convidados.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Poeira das Estrelas

Outro dia, um amigo comentou: "Não saiba a vossa mão esquerda o que faz a vossa mão direita". Essa frase, do Evangelho de São Mateus, me fez pensar. É engraçado... Muitas vezes, no intuito de nos auto-afirmarmos e colocarmos nossas opinões, podemos cair no "erro" da ostentação e do orgulho. Coloquei erro entre aspas, pois isso não chega a ser uma falha monstruosa, algo que vai nos levar para o inferno (...) ou algo que temos que nos martirizar por termos feito. Mas, é uma atitude que, ao tomarmos consciência, é bom para nós mesmos que deixemos de lado.
Infelizmente, isso não é tão simples ou fácil porque nos condicionamos a querer que os outros concordem com nossas opiniões, achem que o que fazemos é sempre muito bom e, sem dúvida, queremos aplausos - pelo menos, eu acho que mereço uns aplausos de vez em quando. E, até mesmo nas ações em que ajudamos o próximo e queremos o bem da pessoa podemos cair na "tentação" de alardearmos aos sete ventos o que estamos fazendo. Pode ser que a intenção seja boa, mas o orgulho não é uma coisa boa e propagandear nossas boas ações pode ser uma armadilha do ego para sermos queridos por todos.
Não lembro ao certo qual era o assunto e porque ele disse isso, mas interiorizei a frase e peguei para mim o ensinamento. E, a partir disso, uni esse trecho do evangelho ao ensinamento "Assim como é em cima, é embaixo", tão mencionado para entendermos as sephiroths da Árvore da Vida (Cabala) e explanado por tantas outras linhas místicas/espirituais. Mas, o quê isso tem a ver com a história da mão esquerda e da direita, você deve estar se perguntando. Tem tudo a ver. Se fazemos uma boa ação, ajudamos alguém que gostamos muito e esperamos algo em troca.... Vamos continuar esperando sentados os frutos do nosso bem proceder.
E, é aqui que entra a Lei do Desprendimento. Em tudo nessa vida temos que ter desprendimento. Estamos nesse mundo para crescer, alcançar um grau acima, nos superarmos. E, para tanto, é necessário desprendimento. Nossas boas intenções e nossos bons pensamentos ajudam o outro mas, acima de tudo, ajudam nós mesmos a sermos pessoas melhores. E, se ficarmos sempre esperando (mesmo que inconscientemente) os louros pelas nossas atitudes não haverá crescimento. Estaremos entrando em um ciclo vicioso, a famosa Roda da Vida, o Sâmsara - um eterno aguardar algo em troca pelos nossos ensinamentos e ações.
E, como cada vez mais acredito que existe vida além da vida e que não estou na Terra a passeio começo a me corrigir desses padrões de comportamento. Como já dizia o astrônomo Marcelo Gleiser, somos poeira das estrelas e cada pequena ação reflete em todo o Universo e, principalmente, no nosso pequeno universo, que é deveras complexo, diga-se de passagem.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Amantes


Um filme muito interessante que acabo de assistir é "Two Lovers", lançado aqui no Brasil como "Amantes". Dirigido e roteirizado por James Gray, o romance conta com a atuação mais do que inspirada de Joaquin Phoenix que interpreta Leonard, um rapaz que volta a morar com os pais e trabalha na lavanderia da família. Leonard é bipolar e ainda não conseguiu se recompor de um relacionamento que acabou por motivos plausíveis, mas não justificáveis.
Logo no início, ele consegue se safar de uma tentativa desastrosa de suicídio e vamos percebendo que ele, apesar de um tanto imaturo, tem uma carga de sentimentos enorme. A família judia arranja para ele uma namorada, filha de um casal amigo que também tem uma lavanderia. A união será benéfica para as duas famílias, já que irão fundir os negócios. Leonard até começa a se interessar pela moça (Vinessa Shaw), mas logo conhece a vizinha Michelle (Gwyneth Paltrow) por quem se apaixona e nutre uma obsessão.
Após conhecer essas duas mulheres, a vida de Leonard vira de ponta cabeça. Não que seja culpa delas, mas a atração e a obsessão que ele sente pela vizinha linda-de-morrer é tão grande, que ele nem percebe que está amando a garota apresentada pelos pais. Mas, o filme prende a atenção justamente por não focar no triângulo amoroso - ou melhor, no quarteto amoroso já que a vizinha mantém uma relação com um homem casado, mas por mirar na instabilidade emocional do personagem principal e na oscilação do seu humor. Outro ponto interessante do filme é que o diretor não busca soluções hollywoodianas para seus personagens e, sim, um final como seria na vida real, verdadeiro.
E, é isto que faz o telespectador pensar.... Porque o amor é isso mesmo: tenta-se tudo por ele, mas quando não existe mais nada a fazer, o que nos resta é dar a volta por cima. Não posso deixar de mencionar as atuações de Isabella Rossellini e Elias Koteas, como os pais muito amáveis e compreensíveis de Leonard.
A cidade de Nova York, fria e cinzenta, reflete bem o humor de Leonard no início do filme e o prédio em que a família mora pode ser visto como testemunha ocular das tentativas do personagem de mudar de vida, de ir para um caminho totalmente diferente do que a família escolheu para ele. A ambientação e a fotografia do filme são excelentes e lembram um pouco os filmes de Woody Allen.
A cena em que Leonard, Michelle e algumas de suas amigas vão se divertir em club novaiorquino é muito bem feita! Hum... bem que poderia existir um club tão legal como esse aqui em São Paulo.
Além do trailler não-oficial do filme, posto uma entrevista de quase 10 minutos com o diretor. Vale a pena assistir/ouvir.