quarta-feira, 12 de maio de 2010

A ocasião faz o ladrão

Vamos lá.... Pensei se iria escrever sobre isso ou não. Minha dúvida maior em colocar esse assunto no papel deve-se ao fato de que não gosto de escrever sobre coisas que não tenho o poder de mudar. O que quero dizer é que evito escrever sobre coisas que não tenho o menor controle, como a violência urbana. Mas, ao mesmo tempo, tenho como preceito avisar e  tentar ajudar a diminuir o número de vítimas de roubos e assaltos.

Semana passada, véspera de Dia das Mães, fui vítima de um roubo na região do Bixiga. Estava parada, aguardando em uma fila de carros, quando um carro atrás de mim começou a buzinar. A intenção da pessoa foi boa, mas não entendi nada e andei um pouco para a frente, achando que o cara estava estressado. Quando me liguei que seria vítima de um roubo, já era tarde. Um cara do lado de fora, na calçada, estava pronto para jogar uma pedra na direção do meu veículo. Tentei acelerar, mas como fiquei assustada, o carro acabou morrendo. Ato contínuo, o assaltante quebrou o vidro do meu carro e praticamente entrou no veículo para levar minha pasta embora.

Felizmente, ele não levou nada de valor, pois a pasta que estava naquele banco só  tinha cadernos e livros. E, para completar a "sorte", um casal viu um grupo de rapazes jogando a pasta no lixo e a levou até minha casa. Ficou faltando uma agenda, que não senti falta na hora que eles me entregaram a pasta. Se tivesse sentido falta, poderia ter ido atrás da agenda no tal lixo.

Resolvi fazer o BO para alertar as autoridades o que aconteceu comigo. E, então, começa a segunda parte da história: uma espera de mais de duas horas no DP da região da Liberdade, o mal-humor dos escrivães e até a sugestão de que não havia necessidade de fazer o BO, já que não haviam documentos originais na agenda e que talvez fosse melhor eu ir embora ao invés de ficar aguardando para ser atendida. Óbvio que optei por fazer o BO já que, após o roubo, um grupo de rapazes avisou que eu era a terceira vítima naquela noite. E, óbvio, sempre que um ato de violência é cometido, a regra é: faça BO.

Claro que se não tivesse deixado a pasta sobre o banco do passageiro a probabilidade de ser vítima daquele roubo teria caído em algumas dezenas. Então, aqui cabe bem o ditado: "a ocasião faz o ladrão". E, apesar de ter recebido a pasta de volta e nada ter acontecido comigo, estou muito "fula" da vida com o que aconteceu. Tomara que esses florais me ajudem a desanuviar e prometo que os próximos posts serão mais lights.

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