É normal, e até saudável, admirarmos os outros e termos algumas pessoas como modelos a serem seguidos. O que não é legal é querer ser essa pessoa, querer ter seus pensamentos, querer ter a vida da outra pessoa. Chega a ser doentio a cópia do estilo, das falas e o jeito de ser de outra pessoa. A imitação é uma forma de roubar o outro naquilo que ele tem de mais valioso: sua identidade.
Na infância, aprendemos pela cópia. Copiamos o que os professores nos ensinam, copiamos as letras para formar as palavras, copiamos os números para aprendermos a fazer as contas e podemos até mesmo imitar um amigo ou amiga de que gostamos muito, afinal, eles são tão legais que queremos ser como eles.
Na infância, aprendemos pela cópia. Copiamos o que os professores nos ensinam, copiamos as letras para formar as palavras, copiamos os números para aprendermos a fazer as contas e podemos até mesmo imitar um amigo ou amiga de que gostamos muito, afinal, eles são tão legais que queremos ser como eles.
No entanto, na idade adulta isso já não saudável. Cada um tem sua identidade, suas características e modo de ser. A imitação traz para quem está imitando apenas o vazio, pois a vida do outro, só pode ser vivida pelo outro.
Acho muito estranho quando leio que determinado vestido, ou determinado corte de cabelo de uma atriz, foi copiado à exaustão por 70% das mulheres do planeta como, por exemplo, o corte de cabelo da atriz Jennifer Aniston, quando atuava em Friends; ou as bolsas das personagens das novelas da Globo. É ainda mais nonsense perceber que alguém copia o que o outro fala ou apodera-se da idéia do outro.
Sei que vivemos em um mundo de aparências e que, geralmente, nada se cria, tudo se copia. A indústria da moda e do entretenimento existem justamente para isso: criar padrões de comportamento. Então, fala-se o que todo mundo fala, usa-se as gírias que todo mundo usa e o mesmo para o comportamento, onde se imita o jeito dos atores, atrizes, apresentadores e participantes de realities shows...
Mas, é bom ter cuidado para não cair no mimetismo constante. Ou seja, aquele tipo de comportamento em que você copia eternamente o outro e, no fim, não sabe exatamente quem você é ou qual o seu propósito no mundo. O que sobra disso só pode ser um vazio muito grande.
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