Se você for assistir "A Troca", prepare o lenço de papel para enxugar as lágrimas. Dirigido por Clin Eastewood e roteirizado por J. Michael Straczynski, o filme é bem pesado, com cenas de hospital psiquiátrico, choques elétricos e assassinatos. Mas, a violência do filme não é gratuita, mesmo porque baseia-se em uma história real.
Ambientado no final dos anos 20, "A Troca" conta a história de Christine Collins (Angelina Jolie) que, ao voltar para casa após um plantão de sábado na empresa de telefonia da cidade de Los Angeles, não encontra seu filho de 9 anos. O telespectador já está adivinhando que isso vai acontecer pela maneira como o filho é filmado - em um travelling com a câmera se afastando da imagem do garoto sob o ponto de vista dos olhos da mãe. O garoto some e não o vemos mais.
O caso ficou famoso pela luta da mãe em encontrar seu filho e expor a corrupção do Departamento de Polícia de Los Angeles - o delegado que cuidou do caso era tão corrupto que, ao encontrar um garoto andarilho, fez com que toda a imprensa acreditasse que este era o menino que Christine procurava. A partir daí, a situação só se complica para ela. É impossível não fazer um paralelo com outro grande filme de Eastewood, "Sobre Meninos e Lobos", que também conta a história do desaparecimento de uma criança, no caso, uma menina.
E, por ser baseado em uma história real, a identificação com a personagem de Jolie é instantânea. Ela aceita o garoto impostor por imposição da Polícia, mas continua sua busca pelo filho desaparecido. A primeira coisa que me ocorreu foram as milhares de crianças desaparecidas no Brasil e as outras tantas mal-tratadas pelos pais. Sem falar na corrupção de nossa polícia. Apesar de ser um caso tão antigo e ocorrido em outro país, a sensação de dejavù é constante. Pelo menos, atualmente, não é mais necessário esperar 24 horas para começar a investigação de uma criança desaparecida.
A direção de Eastwood é um capítulo à parte. As cenas cheias de claro/escuro nos remetem aos filmes noir dos anos 40. Em várias cenas, vemos os olhos de Jolie escondidos pelo chapéu... recurso dos filmes da época. E o batom vermelho de Jolie... do início ao fim: recurso de linguagem para contrastar com o mundo masculino com que Christine foi obrigada a enfrentar.
E, tem também a participação sempre pontual de John Malkovich. Recomendo, vale a pena. Mas, leve o lencinho.
Ambientado no final dos anos 20, "A Troca" conta a história de Christine Collins (Angelina Jolie) que, ao voltar para casa após um plantão de sábado na empresa de telefonia da cidade de Los Angeles, não encontra seu filho de 9 anos. O telespectador já está adivinhando que isso vai acontecer pela maneira como o filho é filmado - em um travelling com a câmera se afastando da imagem do garoto sob o ponto de vista dos olhos da mãe. O garoto some e não o vemos mais.
O caso ficou famoso pela luta da mãe em encontrar seu filho e expor a corrupção do Departamento de Polícia de Los Angeles - o delegado que cuidou do caso era tão corrupto que, ao encontrar um garoto andarilho, fez com que toda a imprensa acreditasse que este era o menino que Christine procurava. A partir daí, a situação só se complica para ela. É impossível não fazer um paralelo com outro grande filme de Eastewood, "Sobre Meninos e Lobos", que também conta a história do desaparecimento de uma criança, no caso, uma menina.
E, por ser baseado em uma história real, a identificação com a personagem de Jolie é instantânea. Ela aceita o garoto impostor por imposição da Polícia, mas continua sua busca pelo filho desaparecido. A primeira coisa que me ocorreu foram as milhares de crianças desaparecidas no Brasil e as outras tantas mal-tratadas pelos pais. Sem falar na corrupção de nossa polícia. Apesar de ser um caso tão antigo e ocorrido em outro país, a sensação de dejavù é constante. Pelo menos, atualmente, não é mais necessário esperar 24 horas para começar a investigação de uma criança desaparecida.
A direção de Eastwood é um capítulo à parte. As cenas cheias de claro/escuro nos remetem aos filmes noir dos anos 40. Em várias cenas, vemos os olhos de Jolie escondidos pelo chapéu... recurso dos filmes da época. E o batom vermelho de Jolie... do início ao fim: recurso de linguagem para contrastar com o mundo masculino com que Christine foi obrigada a enfrentar.
E, tem também a participação sempre pontual de John Malkovich. Recomendo, vale a pena. Mas, leve o lencinho.